domingo, 26 de novembro de 2017

O PEQUENO PRÍNCIPE - PARTE II

Segundo a Pesquisa Retratos de Leitura no Brasil,  a "única em âmbito nacional que tem por objetivo conhecer o comportamento leitor e os indicadores de leitura dos brasileiros", segundo o Instituto Pró-livro, leitor é:

[...] aquele que leu, inteiro ou em partes, pelo menos 1 livro nos últimos 3 meses.
Assim, partindo desta definição propomos a seguinte enquete: Qual foi o último livro que você leu? Comente no post do blog o nome do livro e do(a) seu(a) autor(a), (vale também postar uma foto da capa) e faça um comentário sobre o texto (conte-nos suas percepções/impressões e ou mesmo elogios ou crítica de obra)Depois compartilhe este post com seus amigos em suas redes sociais. E participe do sorteio desta linda edição de luxo do livro "O pequeno Príncipe" traduzida pelo Frei Betto. 
Participe!


Ah, o sorteiro será realizado no dia 25 de dezembro de 2017. Então se ainda não leu nenhum livro nos últimos três meses corra que ainda dá tempo!


“O CORTE ORÇAMENTÁRIO E A ANOMALIA INSTITUCIONAL ME LEVARAM A PEDIR EXONERAÇÃO DO DLLLB”


O primeiro bibliotecário a assumir a gestão do Departamento do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) do Ministério da Cultura (MinC) pediu exoneração antes do prazo previsto do fim da sua gestão. Após nove (9) meses como gestor do departamento ele fala em entrevista a revista eletrônica Biblioo cultura informacional que os motivos que levaram a sua saída foram: "O corte orçamentário contínuo e o estado de anomalia institucional do DLLLB [...]"Sobre a questão das verbas concordamos com a canção de Djavan:

Pra quem vai tanto dinheiro?
Vai pro homem que recolhe
O imposto
Pois o homem que recolhe
O imposto
É o impostor

Agora, gostaríamos muito de conversar com Brayner para compreender o que ele quis dizer por "anomalia institucional", pois tenho vergonha de interpretar a fala levando em consideração meu repertório psíquico em relação a postura de alguns servidores públicos brasileiros. (eu disse alguns, pois sei que existem exceções). Sobre a o modo como o atual Governo Federal vem tratando a cultura no país considero relevante citar abaixo um pequeno trecho da entrevista concedida pelo bibliotecário:

Em menos de nove meses frente ao DLLLB, enfrentei quatro ministros. Marcelo Calero, já em seus primeiros dias frente a pasta, ressaltou o “cenário caótico” e prometeu trabalhar por um “Ministério de entregas, de resultados, de construção, ou, de forma mais apropriada, de reconstrução.” Roberto Freire defendeu a necessidade de “tornar a pasta elemento de inclusão social”, deixando implícita a necessidade de que as ações culturais deveriam privilegiar os mais pobres, os marginais. O cineasta João Batista de Andrade, por sua vez, desanimado com o corte do orçamento, justificou seu pedido de exoneração do seguinte modo: “É um ministério inviável tratado de forma a inviabilizá-lo ainda mais.” E, finalmente, o atual ministro, em sua cerimônia de posse no Planalto, sob os olhares de Temer e Sarney, trouxe à baila a necessidade da recomposição orçamentária, propondo “um pacto pela reconstrução do MinC”. Ora, só se reconstrói o que foi, outrora, destruído.

Por fim  cabe pensar em meio a tamanha falta de consistência política-administrativa é possível sonhar e realizar?

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

#PraQuemIndico 5: O PEQUENO PRÍNCIPE - PARTE I

Infelizmente na minha infância eu não fui incentivada a ler livros. E talvez eu já seja adulta demais para compreender a mensagem de  O PEQUENO PRÍNCIPE sozinha, visto que para Saint-Exupéry "os adultos nunca entendem nada sozinhos"[1]. Assim, devo imediatamente confessar que, de imediato, a obra não me causou um grande impacto, a não ser pelo que eu chamarei de antropologia-filosófica presente na obra do início ao fim.


Mas, como após todo bom clássico, segue-se um posfácio (e diga-se de passagem, que neste quesito a editora Zahar está de parabéns pela colocação deste nesta edição de bolso), após a leitura do mesmo cheguei ao seguinte pensamento: o sucesso da obra se deveu muito mais pelas percepções e hermenêuticas dos seus leitores do que pelos seus desenhos em si, isto para não dizer pela obra em si, visto que não quero causar. Aliás, pensando bem, o que esperar de um livro escrito por encomenda e ilustrado sobre forte pressão do mercado editorial norte-americano para ser publicado/lançado no natal de um ano difícil da Segunda Guerra Mundial (1942), quando seu escritor se sentia acovardado justamente por estar exilado ao tentar se refugiar dos malefícios deste triste acontecimento da história do homem adulto ocidental?


Bom, não fiquem bravos com a opinião de uma adulta sobre um livro em que o autor pediu desculpas por não tê-lo dedicado a uma criança, "peço desculpas por dedicar este livro a um adulto"[2], mas este é o risco que corremos quando lemos os clássicos, pois eles nunca vem a nós sozinhos. Vem sempre acompanhados por uma multidão de vozes às vezes tradicionais. Contudo, que graça teria a leitura de um clássico se não o desafio de percebe-lo e a coragem de se dizer o que se percebeu?

Compre o livro pelo link abaixo e contribua para o crescimento deste canal :)

O pequeno príncipe


Aguarde, parte II.








[1] SAINT-EXUPÉRY, Antoine. O pequeno príncipe. Tradução: André Telles e Rodrigo Lacerda. Rio de Janeiro: Zahar, 2015, p. 15.
[2] SAINT-EXUPÉRY, p. s/n, dedicatória.