COMO ESCREVER ACADEMICAMENTE UM TEXTO DE OPINIÃO? EXATAMENTE; SEI NÃO.
CONTUDO AINDA ASSIM, QUERO DEIXAR REGISTRADA MINHA OPINIÃO.
“Três olhares" (levando-se
aqui em consideração o número de escolas dos grupo especial que trouxeram a
temática relativa a África para avenida. Temática aliás, que é recorrente
estrategicamente pensando no possível título, todos que gostam de assistir os desfilem
sabem disso... NÃO SEJAMOS INOCENTES...) sobre a África - e ou parte dela - no
carnaval carioca 2015. Um desses olhares venceu, com um desfile belíssimo por
sinal. Agora vêem as implicações históricas-políticas-ideólogicas-socias do
samba-enredo que foi levado para a avenida. Enquanto folião/foliã, e por razões
estéticas, preciso dizer: foi lindoooooooooo ver cada detalhe dos adereços das
fantasias luxuosas da campeã!
“Mas foram pagas com um dinheiro de um ditador!”...
Oras o que há de diferente em relação aos outros anos, senão que desta fez... mais
uma vez, o artístico e o lúdico no carnaval servil para reforçar negativamente a
questão dos direitos humanos em relação aos negros e as complexas representações
sociais que os brasileiros ainda alimentam com seus preconceitos? Ah, então vc
está dizendo que em nome do artístico no carnaval vale tudo? Não, assim como também
não acho que no humor valia tudo. Contudo, me posiciono (enquanto foliã) no
sentido de que ACHO (isto não quer dizer que é) uma estupidez e imbecilidade
terrível apenas aderir ao discurso dos direitos humanos da negritude – DISCURSO
LEGÍTIMO E MAIS QUE URGENTE! – em um comentário nas redes sociais, enquanto se continua
totalmente, e, ao mesmo tempo vivendo de modo radicalmente preconceituoso nas relações
diárias da vida.
Parafraseando Jean Wyllyns: em texto publicado em sua página
social: https://www.facebook.com/jean.wyllys?pnref=story ...ainda se continua bebendo as
cervejas e refrigerantes fabricados pelas grandes multinacionais, vestindo as fantasias
made in china e utilizando os mais modernos dispositivos das “TICS” para compartilhar
e publicar tudo lindamente aqui no facebook, esta lindeza de rede social. (onde
todos são, parece, muitíssimos bem informados!)
Na boa! Se a crítica não é
integral, no sentido de trazer, ou ao menos TENTAR trazer para a prática das
nossas vivências diárias ao máximo o que tanto defendemos IDEOLOGICAMENTE, é “fake”.
Representação caricaturata, não crítica. E perverso, pois neste caso, puro
moralismo mascarado, disfarçando-se mais uma vez. E desta, apelando para as
lutas de causas digníssimas e importantes.
Contudo, enquanto pessoa/(cidadã?),
entre as três escolas, em relação a mensagem político-ideológica exibida na
avenida, fico com a mensagem contra o preconceito em favor da liberdade. Esmagou
a campeã carioca. Contudo, será que não poderíamos voltar para a dama os mesmos
critérios que vem sendo utilizados em relação ao patrocínio da campeã? Quem
procura sempre acha, dizem.
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