segunda-feira, 30 de setembro de 2019

#PraQuemIndico 6: COMO NASCE UM PROFESSOR? UMA REFLEXÃO SOBRE O PROCESSO DE INDIVIDUALIZAÇÃO E FORMAÇÃO

Ol@ professorxs! Hoje o #PraQuemIndico é especialmente para vcs :) Espero que gostem e sintam-se aconchegados com esta leitura! Pensem em um livro sem muitos caprichos editoriais, um livro em formato de bolso simples, com menos de 74 páginas excluindo-se aqui as referências, contudo certamente um daqueles livros que vc lê e que lhe atravessa para todo sempre! Então? EsTe É o LiVrO!


Um livro sobre formação de professores que não é chato muito menos entediante. Um livro que te abraça com carinho enquanto propõe uma formação de professores baseada no princípio do amor. A autora é professora, especialista em educação (mestra e doutora) e possui uma vasta experiência com formação de professores. Partindo do pressuposto de que "a aprendizagem não é somente um ato racional", mas, "um ato de amor a si mesmo, de amor à vida e a tudo o que ela abarca", a autora pensa sobre formação de professores a partir de referênciais teóricos que vão além de modelos teóricos que privilegiam a racionalidade técnica, e assim, consegue levar em conta os avanços culturais e as questões relacionadas a subjetividade. 


A autora pontua que "[...] a maioria das práticas formativas baseia-se no fornecimento de recursos teóricos e técnicos aos professores, os professores, por sua vez, parecem não poder ou não desejam utilizar grande parte deles [...]", (p. 14-15). E assim, a partir de usas experiências de observação da trajetórias destes professores ela percebe que precisa rever estas práticas formativas e propõe o encontro com as MATRIZES PEDAGÓGICAS que segundo a autora não representa somente a síntese de seus aprendizados teóricos, mas também suas experiências culturais vivenciadas a partir do lugar de quem aprende.


Deste forma, a autora nos convida a pensar sobre este nosso lugar histórico-social-cultural a partir do que ela chama de MATRIZES PEDAGÓGICAS. Percebemos então que tudo isto se dá no caminho, na travessia mesmo da vida e por isso mesmo a "educação é um processo que não tem fim" (p. 20), e que portanto "[...] não basta também só fazer, mas, pensar o que se faz e sobre o que se faz. [...]" (p 22). E aí?! É  educador e ficou curioso(a) para saber que MATRIZES PEDAGÓGICAS são estas, como estas MATRIZES SIMBÓLICAS são construídas ao longo da vida? E como podem ser modificadas? Corram lá e leiam esta obra calorosa e cheia de amor e descubram! (rsrsr não posso dá spoilerkkkkk) Mas, sigam o coelho!

[...] as matrizes pedagógicas de cada professor não começam a se construir nos cursos de formação, mas estão enraizadas em instâncias muito mais profundas de sua psique e vão ganhando formas pessoais, conforme ele vivencia situações de aprendizagem nas quais foi constelado o Arquétipo do Mestre-Aprendiz, o que ocorre desde o início de sua vida." (p. 28-29)

Ah, e tenham um feliz dia dos professorxs pois está chegando!


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FURLANETTO, Ecleide Cunico. Como nasce um professor? uma reflexão sobre o processo de individualização e formação. São Paulo: Paulus, 2003. (Questões fundamentais da educação).

sábado, 3 de novembro de 2018

#PraQuemIndico 6: A EDUCAÇÃO DOS SENTIDOS

 "Os sentidos! Que prazeres extraordinários eles nos dão! É verdade que em sua situação bruta - antes de sua educação! - os sentidos somente atendem às necessidades elementares de sobrevivência. Um homem faminto não é capaz de fazer distinções sutis entre gostos refinados: angu ou lagosta, tudo é a mesma coisa. Seu corpo vive sob o imperativo bruto do comer. Assim são os sentidos dos animais. Têm apenas uma função prática. São "meios" de vida. Moram na "caixa de ferramentas". Os olhos do gavião não se prestam ao deleite estético de cenários. Eles são ferramentas ópticas para localizar as presas. É bem sabido que os cães têm um alfato agudíssimo. Mas nunca vi um cão usando o seu olfato para deleitar-se com o perfume das flores. Para os cães o olfato tem uma função prática probatória: jamais abocanham um alimento sem cheirá-lo. Assim são os sentidos na sua condição natural. Mas, saindo desta condição bruta da existência, os sentidos se refinam, despregam-se de suas funções práticas e tornam-se sensíveis a prazeres inúteis que até então lhes eram desconhecidos. Os genitais na sua condição animal são ferramentas a serviço da reprodução. Mas na sua função humana amorasa transformam-se em instrumentos de gozo e alegria totalmente inúteis. Educados, os sentidos passam a ser habitantes da "caixa de brinquedos". Pelos sentidos educados, deixamos de "usar" o mundo e passamos a "fazer amor" com o mundo. [...]" (p. 47-48)

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Educação dos sentidos

domingo, 26 de novembro de 2017

O PEQUENO PRÍNCIPE - PARTE II

Segundo a Pesquisa Retratos de Leitura no Brasil,  a "única em âmbito nacional que tem por objetivo conhecer o comportamento leitor e os indicadores de leitura dos brasileiros", segundo o Instituto Pró-livro, leitor é:

[...] aquele que leu, inteiro ou em partes, pelo menos 1 livro nos últimos 3 meses.
Assim, partindo desta definição propomos a seguinte enquete: Qual foi o último livro que você leu? Comente no post do blog o nome do livro e do(a) seu(a) autor(a), (vale também postar uma foto da capa) e faça um comentário sobre o texto (conte-nos suas percepções/impressões e ou mesmo elogios ou crítica de obra)Depois compartilhe este post com seus amigos em suas redes sociais. E participe do sorteio desta linda edição de luxo do livro "O pequeno Príncipe" traduzida pelo Frei Betto. 
Participe!


Ah, o sorteiro será realizado no dia 25 de dezembro de 2017. Então se ainda não leu nenhum livro nos últimos três meses corra que ainda dá tempo!


“O CORTE ORÇAMENTÁRIO E A ANOMALIA INSTITUCIONAL ME LEVARAM A PEDIR EXONERAÇÃO DO DLLLB”


O primeiro bibliotecário a assumir a gestão do Departamento do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) do Ministério da Cultura (MinC) pediu exoneração antes do prazo previsto do fim da sua gestão. Após nove (9) meses como gestor do departamento ele fala em entrevista a revista eletrônica Biblioo cultura informacional que os motivos que levaram a sua saída foram: "O corte orçamentário contínuo e o estado de anomalia institucional do DLLLB [...]"Sobre a questão das verbas concordamos com a canção de Djavan:

Pra quem vai tanto dinheiro?
Vai pro homem que recolhe
O imposto
Pois o homem que recolhe
O imposto
É o impostor

Agora, gostaríamos muito de conversar com Brayner para compreender o que ele quis dizer por "anomalia institucional", pois tenho vergonha de interpretar a fala levando em consideração meu repertório psíquico em relação a postura de alguns servidores públicos brasileiros. (eu disse alguns, pois sei que existem exceções). Sobre a o modo como o atual Governo Federal vem tratando a cultura no país considero relevante citar abaixo um pequeno trecho da entrevista concedida pelo bibliotecário:

Em menos de nove meses frente ao DLLLB, enfrentei quatro ministros. Marcelo Calero, já em seus primeiros dias frente a pasta, ressaltou o “cenário caótico” e prometeu trabalhar por um “Ministério de entregas, de resultados, de construção, ou, de forma mais apropriada, de reconstrução.” Roberto Freire defendeu a necessidade de “tornar a pasta elemento de inclusão social”, deixando implícita a necessidade de que as ações culturais deveriam privilegiar os mais pobres, os marginais. O cineasta João Batista de Andrade, por sua vez, desanimado com o corte do orçamento, justificou seu pedido de exoneração do seguinte modo: “É um ministério inviável tratado de forma a inviabilizá-lo ainda mais.” E, finalmente, o atual ministro, em sua cerimônia de posse no Planalto, sob os olhares de Temer e Sarney, trouxe à baila a necessidade da recomposição orçamentária, propondo “um pacto pela reconstrução do MinC”. Ora, só se reconstrói o que foi, outrora, destruído.

Por fim  cabe pensar em meio a tamanha falta de consistência política-administrativa é possível sonhar e realizar?

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

#PraQuemIndico 5: O PEQUENO PRÍNCIPE - PARTE I

Infelizmente na minha infância eu não fui incentivada a ler livros. E talvez eu já seja adulta demais para compreender a mensagem de  O PEQUENO PRÍNCIPE sozinha, visto que para Saint-Exupéry "os adultos nunca entendem nada sozinhos"[1]. Assim, devo imediatamente confessar que, de imediato, a obra não me causou um grande impacto, a não ser pelo que eu chamarei de antropologia-filosófica presente na obra do início ao fim.


Mas, como após todo bom clássico, segue-se um posfácio (e diga-se de passagem, que neste quesito a editora Zahar está de parabéns pela colocação deste nesta edição de bolso), após a leitura do mesmo cheguei ao seguinte pensamento: o sucesso da obra se deveu muito mais pelas percepções e hermenêuticas dos seus leitores do que pelos seus desenhos em si, isto para não dizer pela obra em si, visto que não quero causar. Aliás, pensando bem, o que esperar de um livro escrito por encomenda e ilustrado sobre forte pressão do mercado editorial norte-americano para ser publicado/lançado no natal de um ano difícil da Segunda Guerra Mundial (1942), quando seu escritor se sentia acovardado justamente por estar exilado ao tentar se refugiar dos malefícios deste triste acontecimento da história do homem adulto ocidental?


Bom, não fiquem bravos com a opinião de uma adulta sobre um livro em que o autor pediu desculpas por não tê-lo dedicado a uma criança, "peço desculpas por dedicar este livro a um adulto"[2], mas este é o risco que corremos quando lemos os clássicos, pois eles nunca vem a nós sozinhos. Vem sempre acompanhados por uma multidão de vozes às vezes tradicionais. Contudo, que graça teria a leitura de um clássico se não o desafio de percebe-lo e a coragem de se dizer o que se percebeu?

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O pequeno príncipe


Aguarde, parte II.








[1] SAINT-EXUPÉRY, Antoine. O pequeno príncipe. Tradução: André Telles e Rodrigo Lacerda. Rio de Janeiro: Zahar, 2015, p. 15.
[2] SAINT-EXUPÉRY, p. s/n, dedicatória.



domingo, 6 de agosto de 2017

BIBLIOVAGAS

Ol@ pessoal, quanto tempo eu não passava por aqui!


Estou numa correria louca de sala de aula, tanto quanto estudante como quanto educadora. Estou sem tempo para fazer a gestão dos conteúdos que eu gostaria de compartilhar com vocês. Contudo, entre um planejamento e outro corri aqui para deixar uma dica bem bacana para os estudantes tanto de cursos Técnicos como de Graduação nas áreas de Biblioteconomia, Museologia, e ou Arquivologia que por ventura estejam buscando por oportunidade trabalho/emprego nestas respectivas áreas. 

Um site super bacana para seguir é o BIBLIOVAGAS do nosso colega de profissão Nelson Oliveira! O site divulga vagas de estágios, empregos, concursos e eventos, em todo o Brasil para Bibliotecários, Arquivistas, Museólogos e para os estudantes destas áreas. As informações são retiradas de sites, anúncios de jornais, ou recebidas por e-mail. Não funciona como uma agência de emprego, nem intermedia vagas, contudo atua com a Disseminação Seletiva de Informação para este público de profissionais tão específicos e importante dentro do contexto de uma economia em rede baseada em informações.

Assim, o mesmo funciona como uma FONTE DE INFORMAÇÃO importantíssima que mantem informados os interessados em grandes e novas oportunidades profissionais super bem antenados nas oportunidades de emprego/trabalho que aparecem no mercado.

Fica a dica. Agora é só correr lá e dá um laike!






http://www.bibliovagas.com.br/