terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

ESTE ANO EU TENHO UMA META!

Este ano tenho uma meta. Ler alguns clássicos da área da educação. E penso que comecei bem, pois só em janeiro concluir dois clássicos apesar da correria para concluir um projeto de pesquisa da pós-lato. Eu sou educadora e tenho sentindo muito a necessidade destas leituras. 

Confesso, que em alguns momentos na sala dos professores, chego a pensar: não é possível que eu estou ouvindo isto!... Ou ainda: onde este ser estava durante os 4 ou 3 anos de sua formação? - tenho certeza mais que absoluta durante estes devaneios que os mesmos não passaram em momento algum por um processo de ensino-aprendizagem sobre as questões relativas ao maravilhoso universo da história do conhecimento; só pode! - Depois que a gente começa ler. Ler estudando, isto é: refletindo sobre o que leu, fazendo as devidas críticas necessárias, registrando suas impressões por meio de fichamentos para checar mais tarde, buscando mais informações sobre o assunto, o autor e o contexto sócio-cultural e político da obra lida; a gente acaba chegando a algumas conclusões. Neste caso óbvias, a saber, o estado deplorável dos espaços escolares é muitooooooooooooooooooooooo mais grave do que a gente imaginava. 

Eu desconfiava, mas agora após estas leituras eu tenho certeza absoluta que a esmagadora maioria dos educadores não fazem a mínima ideia do que seja "CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA". E isto é gravíssimo, pois acabam misturando métodos e teorias, em suas práticas educativas, que nasceram teoricamente devido a práticas totalmente conflitantes do modo de se conceber a escola, o docente, o discente e etc... E isto acaba por gerar dentro dos espaços de aprendizagem um monstro perigoso, pois não gera resultados satisfatórios em relação ao ensino-aprendizagem. E acrescento aqui, que com resultados satisfatórios não quero afirmar que este é o fim de um processo de ensino-aprendizagem; alcançar resultados satisfatórios. Contudo os resultados que queremos passam por nossas concepções de como compreendemos o processo educacional e de como nos vemos dentro desta engrenagem. - Ah, como é triste isto! Perceber que os sistemas escolares de ensino viraram uma engrenagem monstruosa e perigosa. 

Eu gostaria que minhas férias escolares não terminassem esta semana, pois descobrir que AS FÉRIAS É A ÉPOCA MAIS GOSTOSA DE ESTUDAR! Nesta época a gente pode estudar o que realmente nos importa e o que gostaríamos de saber. Bom, nem preciso dizer que esta constatação já desnuda o estado atual dos nossos espaços escolares, neles os alunos(a) não sentem prazer pela busca do conhecimento. Parece mesmo que nos ensinam apenas o funcional. 

Vocês devem estar bem curiosos para saber os livros que li. Então vai aí a super dica: A escola Moderna de Francisco Ferrer Y Guàrdia (vale ressaltar aqui que a grafia do nome dele varia bastante na literatura). E a obra: Educador, educador, educador de Madalena Freire, filha de Paulo Freire. A escolha das obras foi baseada em dois critérios: primeiro são clássicos. Segundo ambos os educadores são radicalmente diferentes em relação as suas concepções pedagógicas. Assim, esperava conhecer e me surpreender. E foi bingo! 

Entre as duas concepções pedagógicas fico com a concepção praticada por FERRER, a CONCEPÇÃO LIBERTÁRIA. Mas, sugiro que quem trabalha com a Educação Infantil conheça e leia sobre a CONCEPÇÃO DEMOCRÁTICA praticada no Brasil nesta etapa escolar pela educadora Madalena Freire. Uma concepção baseada nos acordos e diálogos estabelecidos pelo grupo. Ah, só pra constar ambas são concepções progressistas!


E O EDUCADOR QUE FIZER O EXERCÍCIO DE LER VAI SE SURPREENDER COM A HISTÓRIA OCULTADA DA CONCEPÇÃO LIBERTÁRIA DE EDUCAÇÃO, FICA A DICA.


Todos juntos pela educação!
:)



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